OBRA INSUPERÁVEL

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Numa rápida evocação em torno dos grandiosos legados da cultura e da civilização do passado, são encontradas as notáveis obras do pensamento humano, orientando a criatura terrestre.

Desde o Código de Hamurabi, assinalando as diretrizes morais e legais para a sociedade, fomos honrados com as obras monumentais que dignificam a Humanidade, e que verteram do Alto como sinfonia de bênçãos, a fim de que a vida pudesse receber o respeito e a consideração de que se faz credora.

A Índia gloriosa de há mais de seis mil anos transferiu para todos os séculos o Vedanta, reunindo livros de transcendentes informações sobre a imortalidade, a ética, os deveres morais e sociais.

O Egito liberou da intimidade dos seus santuários o Livro dos Mortos, despertando as criaturas para a sobrevivência do Espírito, e, por conseqüência, os códigos morais para a continuidade da vida...

Das reflexões profundas e místicas dos santos do Tibete, a sociedade herdou O Livro Tibetano dos Mortos, orientando os seres humanos para a conquista da plenitude.

A Pérsia multimilenária, fascinada pela realidade do Espírito, ofertou aos tempos do futuro o Zend-Avesta, enriquecendo as criaturas com as bases morais para discernir o Bem do Mal, o seu futuro imortal...

A China contribuiu com a doutrina de Fo-Hi e, mais tarde, Confúcio, através dos Analectos, convocou as mentes e os corações a reflexões em torno do cidadão, da família, da sociedade, do dever...

Todo o Oriente fez-se um tesouro de incomparável riqueza, brindando a História com a luz da sabedoria, da perfeição, na incansável busca do Nirvana, da plenitude...

Israel, caracterizada pelos profetas, assassinados uns e homenageados outros, seus reis poetas e sábios, compôs a Bíblia, reunindo a história do seu povo em relação a outros povos e nações, compondo hinos de extraordinária beleza, como nos Salmos, no Cântico dos Cânticos ou no inolvidável Sermão da Montanha cantado por Jesus e inscrito em o Novo Testamento.

Toda a história da vida de Jesus é a saga da autoconquista, da superação das paixões asselvajadas, do primarismo do Espírito, desvelando o reino dos Céus adormecido no imo de cada um, tornando-se o guia seguro para todos os séculos...

Depois de Jesus, e mesmo um pouco antes, o pensamento ocidental, através dos  insuperáveis filósofos gregos e, mais tarde, os romanos, a ética e a moral, a política e a arte, a lógica e a razão desenharam as mais belas páginas de eloqüente sabedoria para o bem do ser humano e da sociedade.

Posteriormente, os Céus prosseguiram enviando à Terra os seus embaixadores através da Escola neoplatônica de Alexandriada Patrística e de outros grupos, ofertando as profundas contribuições para a conquista da felicidade.

Século a século, repontaram os inspirados e os santos, os pensadores e os artistas, contribuindo de forma sublime com as belas mensagens de vida e de amor, nem sempre aproveitadas pela Humanidade.

Obras memoráveis apareceram, fascinaram os tempos em que floresceram, cedendo lugar a outras que foram sucedidas por mais outras, confirmando o amor de Deus pelos Seus filhos, a fim de que nunca faltasse a luz do conhecimento nem a magia da arte para tornar ditosa a existência humana.

A Ciência e a Tecnologia, insipientes a princípio, atingem hoje a glória estelar, guindando o ser humano ao macrocosmo e permitindo-lhe penetrar no microcosmo, de forma que pode solucionar inúmeros enigmas do Universo e equacionar muitos dos desafios existenciais...

Nada obstante, o ser humano, tendo permanecido, feitas algumas exceções, em sombras e violência, em angústias e medos, os Céus facultaram a reencarnação de Allan Kardec, no século XIX, o missionário do futuro, a fim de que codificasse O Livro dos Espíritos, a obra mais monumental que a Humanidade jamais compulsou, pelo fato de repetir o  Evangelho de Jesus e sintetizar os grandiosos livros que chegaram antes do seu advento.

Respondendo a todas as questões do pensamento com lógica e razão, completando e indo além das honrosas conquistas da Ciência, de forma a proporcionar mais feliz aplicação dos seus postulados no dia-a-dia das existências.

Superando a teologia ancestral, inicia a sua gloriosa síntese com Deus e encerra a sua excelsa mensagem com as esperanças e consolações, após dirimir todas as dúvidas existentes, iluminando as sombras da ignorância cultural.

Granítico na sua estrutura, vem resistindo aos avanços do conhecimento e permanecerá incorruptível e insuperado diante das avançadas conquistas da atualidade.

Estudá-lo, para melhor insculpi-lo no imo, é dever de todos aqueles que anelam pela conquista da plenitude.

Divulgá-lo por todos os meios ao alcance, constitui compromisso inadiável por todos aqueles que se iluminaram com a constelação estelar das luzes de que se faz portador.

Respeitá-lo, mediante o estudo sério e digno, é a maneira de agradecer-lhe a existência durante estes cento e cinqüenta anos desde a sua publicação, libertando consciências e consolando corações.

Agradecidos a todas as obras missionárias da Humanidade, aos apóstolos e aos embaixadores do Cristo que têm trabalhado pela dignificação humana, somos reconhecidos especialmente a Allan Kardec, o preclaro Codificador do Espiritismo, que nos ofertou O Livro dos Espíritos, esse monólito indivisível que se vem tornando a base do conhecimento dos Céus para a Humanidade de todos os tempos do futuro...

Vianna de Carvalho

 

(Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, durante a conferência proferida por José Raul Teixeira, na sede da Federação Espírita Brasileira, em Brasília, DF, na noite de 10 de novembro de 2007, como parte da programação da Reunião do Conselho Federativo Nacional.)

 

Fonte: revista Reformador, da FEB, de fevereiro de 2008

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